Saturday, December 23, 2006

Merry Christmas!!!

Chega a ser estranho, mas eu, alguém que sempre amou e esperou tanto pelo Natal, não estou conseguindo sentir o espírito natalino em meu peito. Não sei se é porque esses últimos dias foram muito corridos. Não sei se é porque não estou me sentindo muito bem em relação ao mundo. Realmente não sei. O que sei é que não há motivo suficiente para que eu aguarde ansioso pela chegada de Papai Noel. Talvez, pelo menos este ano, eu tenha até deixado de acreditar que Papai Noel existe.
Apesar de tudo isso, quero desejar um ótimo Natal para todos os meus amigos, para a minha família e também para as pessoas que de uma forma ou de outra estão se fazendo presentes na minha vida.

Mary Cristo
(Tribalistas)

Já nasceu o Deus menino
E as vaquinhas vão mugindo
Blim blom, blim blom
Blim blom nylon

Mary, Mary, Mary Cristo
Cristo,Cristo, Mary, Mary
Esta noite olham por nós
Anjos cantam de lá do céu

Carneirinho me dá lã, mé
Passarinhos de manhã, né
Cantam
Tudo tão bom

Papai Noel
Momo do céu.

Saturday, December 16, 2006

Para Andressa

Neste domingo, dia 17, uma pessoa bastante especial está completando dezenove anos de existência. E o que eu queria dizer é grande demais para caber em palavras. Tudo que eu queria fazer é muito para caber em atos. Resta-me, então, registrar aqui que eu a amo muito, do fundo do meu coração, e que eu desejo que ela seja muito feliz.
Feliz Aniversário, minha amável, bela e doce amiga.

Kiss me

Ouvi muito essa música durante a semana que está terminando. Portanto...

Kiss Me
- Sixpence None The Richer -

Kiss me out of the bearded barley
Nightly, beside the green, green grass
Swing, swing,(swing, swing) swing the spinning step
You wear those shoes and I will wear that dress

Oh, kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift up your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon's sparkling
So kiss me

Kiss me (kiss me) down by the broken tree house
Swing me (swing me) upon it's hanging tire
Bring, bring,(bring, bring) bring your flowered hat
We'll take the trail marked on your father's map

Oh, kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon's sparkling
So kiss me

Kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon's sparkling
So kiss me

So kiss me...

Na dança da solidão

Férias! Finalmente! Apenas algumas aulas para dar; depois, só repouso. Isso é bom, mas eu preciso confessar: “my loneliness is killing me”.
Tenho a prova da minha íntima desordem toda vez que saio sozinho, principalmnet quando vou ao cinema sozinho. É duro não ter com quem comentar o filme quando este acaba. É duro não ter aquela companhia que vai se sentar com você numa mesa para um jantar, um lanche, para o que quer que seja. A solidão acaba destruindo o bom do passeio. É lógico que, às vezes eu curto muito sair sozinho, mas isso é para quando eu não estou sozinho.
E a boca? Seca, ansiosa por um beijo. E as mãos? Geladas a esperar outras mãos para com elas se entrelaçar. E o corpo? Trêmulo, desejando unir-se a outro. E a alma? Fria, apenas. E o coração? Haha!, eu queria saber explicar.
Tem alguém aí? Alguém, por favor, me escute?
Se há alguém no ar, responda se eu chamar”.
Estou cheio de ter que lidar com esses meus momentos de solidão (que de fato são constantes). Não sei estar sozinho, não sei lidar com isso e foda-se quem achar que eu estou errado, quem achar que eu condiciono estar bem a estar com alguém.

Sunday, November 19, 2006

Domingo Contemporâneo

Preciso confessar que, mesmo gostando muito de poesia, não gosto de trabalhar com ela. Fiquei o domingo inteiro, praticamente, preparando minha parte do trabalho sobre poesia contemporânea. Mas é isso mesmo, agora já está pronto (espero que esteja bom!).
Contudo, apesar de ter sido muito trabalhoso, esse seminário me pôs em contanto com a poesia de Frederico Barbosa que no geral é de ótima qualidade - preciso reconhecer isto mesmo não tendo amado todas as poesias dele.
Aqui vai uma das que mais gostei:


Blue Moon

sua voz sussurra suave e viva
sob o som blue das incertas
sílabas suas soltas certas

na noite doce e lenta,
envolve-me
beija-me quente sua visão

na nossa pele essa sorte
de instante forte
perfeito

nesse sonho cristalino
(brando)
nosso vinho
(branco)
vai se espelhando.

Frederico Barbosa.In: Rarefato. São Paulo: Iluminuras, 1990.

Wednesday, November 15, 2006

We are always beginning

Não sei o porquê, mas o fato é que me lembrei hoje, no fim da tarde para ser mais exato, do seguinte trecho de uma música de Madonna:

“Nothing takes the past away like the future, nothing makes the darkness go like the light, you’re shelter from the storm, give me comfort in your arms.” Madonna (Nothing really matters)

Hoje também foi um dia complicado. Eu odeio despedidas, elas me machucam muito. Ninguém morreu!!! Mas você sente quando alguém de quem você gosta muito vai para outro lugar. Para mim, é um tanto quanto dolorosa a constatação da saudade que deve vir com o passar dos dias.
É por não gostar de despedidas que vou parar por aqui. Espero de coração que tudo dê certo e que um novo horizonte se abra à tua frente.

“Lights will guide you home, and ignite your bones, and I will try to fix you.” Coldplay (Fix you)

Sunday, November 12, 2006

Just this!

Finalmente um domingo interessante e agradável! Fui à praia. Nossa, como foi bom! Fazia uma eternidade que eu não ia à praia, que eu não entrava no mar e ficava lá, só relaxando! E ainda foi melhor por ser o mar de Coqueirinho. Amo aquela praia. Ela é tão bonita!
O mar, então... nem se fala! Quando eu estava no mar, procurando relaxar, pude dar uma olhada rápida e caçar “colírios” para limpar a minha vista. Pude relaxar o corpo e entrar em contato com meu eu. Pude revigorar minha mente. E também pensar, lembrar, sentir saudade... Pude lembrar do sonho que tive ontem à noite. Sonhei com o amor que eu quero que chegue, o amor que estou esperando. Um sonho tão puro e tão real! Melhor lembrança para ter no meio daquele mar, de água tão cristalina, impossível!
Só espero, do fundo do meu coração, que essa semana que se inicia prossiga e termine tão bem quanto começou.
Lá no mar, também lembrei dessa música:


Yellow – (Coldplay)
Look at the stars,
Look how they shine for you,
And everything you do,
Yeah, they were all yellow.
I came along,
I wrote a song for you,
And all the things you do,
And it was called "Yellow".
So then I took my turn,
Oh what a thing to have done,
And it was all "Yellow."
Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
You know, you know I love you so,
You know I love you so.
I swam across,
I jumped across for you,
Oh what a thing to do.
Cos you were all "Yellow",
I drew a line,
I drew a line for you,
Oh what a thing to do,
And it was all "Yellow."
Your skin,
Oh yeah your skin and bones,
Turn into something beautiful,
And you know,
For you I'd bleed myself dry,
For you I'd bleed myself dry.
It's true,
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine for,
Look how they shine for you,
Look how they shine for you,
Look how they shine.
Look at the stars,
Look how they shine for you,
And all the things that you do.

* Só mais uma coisa: no post de ontem onde tem ouça, leia-se ousa!

Saturday, November 11, 2006

Mais um na multidão

Depois de uma semana super corrida e estressante não podia esperar algo diferente. Estou cansado, chateado, triste até. É incrível como o tempo está passando rápido e me fazendo correr cada vez mais. De casa para a universidade. De casa para o trabalho. Isso tudo é muito cansativo para mim, ainda mais se eu for considerar o fato de eu fazer toda essa “manobra” de ônibus. È deveras cansativo. E tudo isso para quê? No fim do dia eu sou um ser cansadíssimo, nem tanto pelo acúmulo de atividades, mas sim pela dificuldade de locomoção e também pelo calor que está fazendo nessa cidade. Às vezes, está tão quente, que me sinto derreter. Derreter como se fosse uma pedra de gelo.
E quente também está o meu estado emocional. Sinto com se eu estivesse vivendo à beira de um colapso. É muito ruim me sentir assim. Dói. E dói mais ainda ver que as pessoas que, supostamente, deveriam me entender e me dar apoio agem como se não estivessem nem aí para o meu cansaço, meus problemas. Agem como se eu fosse uma máquina. Uma máquina que não tem sentimentos, tem apenas o dever de funcionar e pronto. Tudo que eu queria era ser mais compreendido pelo mundo ao meu redor. Queria ouvir um “bom dia!” que não fosse automático.Queria receber um abraço verdadeiro e carinhoso ao fim do dia. Queria ter um colo pra colocar minha cabeça e deixá-la descansar. Queria alguém para cuidar um pouco de mim. Posso até estar sendo mimado, mas eu queria alguém para fazer as coisas para mim, como quando eu era criança. Sinto-me tão só, tão carente, tão desprotegido. Sinto-me tão “clichê” por estar sempre usando esse mesmo enunciado. Porém, não posso evitar, pois esta é a verdade. A minha verdade do momento atual. Cruel, não?
Pergunto-me agora o que eu posso fazer para dar um jeito nisso tudo. O quê? Não há nada a fazer. Só esperar e tentar enganar a vida rotineira que ouça em querer me trapacear. E, como diria minha grande amiga Eveline (da qual eu estou sentindo muito falta e tenho me lembrado todos os dias): “A vida é isso!”. E como eu mesmo digo: “Viver dói; dói do âmago à pele!”.
Só para encerrar, já que citei Eveline, vou anotar umas coisas para algumas pessoas que considero muito especiais. Algumas não estarão na lista, mas não são menos especiais.

Áurea: Precisamos comer algo gostoso essa semana.
Íris: Amiga ingrata, veja se aparece.
Leandro: Embora não nos falemos muito, gosto demais de você.
Andressa: Minha best linda! Sem você as minhas semanas seriam ainda pior.
Jamylle: You bring light to my Saturdays.
Márcio: Recife deve estar muito quente, não é?
Lhéo: Aconteça o que acontecer, sempre verei você como alguém que consegue me divertir. (Não que você seja um palhaço, é claro!).
Írisjoanna: Por favor, não me dê trabalho essa semana.
Mum and Dad: Tentem ser mais compreensivos comigo. Vocês são muito frios. Isso é assustador.

Sunday, October 29, 2006

Como se gritar bastasse

Sinto meu corpo tão carente, meu coração tão vulnerável! Parece que há um buraco, uma parte oca dentro do meu peito. Uma lacuna que grita aos quatro cantos do mundo a necessidade de ser preenchida.
Os meus dias têm sido tão exaustivos! São muitas coisas para fazer em um tempo que é curto. Em um tempo que corre de uma maneira que não consigo definir. Em um tempo que mesmo acelerado ainda me permite sentir minhas feridas. Eu não sei quando isso vai passar, só sei que tudo isso me traz muita dor. Estou só, me sentindo desesperadamente só, desprotegido. Queria apenas uma dose de carinho, um gole de proteção. Queria apenas um abraço, carregado de verdade, no fim do dia.
Além de tudo, sinto tanto sono e talvez este estado de sonolência possa ser uma arma contra meus abismos íntimos. Eu simplesmente não sei!

Fogo...
Para fazer meu corpo queimar
De desejo, eu digo.
Fogo...
Para fazer meus sentidos quererem voar.
Fogo...
Para deixar meu corpo molhado
De suor, e mais nada.
Fogo...
Para aquecer minha alma
Para adormecer minha fera
Para controlar meus instintos
Para, no fim, apagar as minhas chamas.

(José Moacir Júnior)
29 de outubro de 2006

Saturday, October 21, 2006

Rosas despedaçadas

Sinto o cheiro das rosas despedaçadas. Sinto a brisa, ora suave, ora morna. Eu sinto. Eu sinto muito por tudo, não deveria ter sido assim. Mas, por que você não me disse? Havia tanta coisa pra dizer, e, no entanto, você calou. Entendo, eu também calei. E o silêncio nos separou, o silêncio machucou, fez sangrar, matou.
Ainda sinto o seu cheiro nas minhas narinas. Sinto o gosto do seu beijo molhado. Foi pouco, durou pouco, talvez nem tenha existido, mas para o meu corpo (e de certa forma, também para a minha alma) foi intenso demais. Foi tão profundo que sou capaz de sentir o seu cheiro pelo ar, por entre as pessoas. Sou capaz de sentir seu cheiro até mesmo quando ele não está ali. Por que não pôde ser?
Talvez a vida tenha me enganado mais uma vez. Talvez não fosse para ser. Talvez não fosse nem para eu sentir, mas eu sinto e, nada posso fazer para evitar isto. Eu simplesmente sinto.
Não pedirei para você voltar. Não falarei nada, pois as palavras são um lugar inseguro e incerto. Tenho medo de perder-me entre elas. Tenho medo de perder de novo, afinal, não se pode perder duas vezes a mesma coisa. Só se pode sentir, e mais nada.

Saturday, October 14, 2006

A inspiração

A inspiração é algo que me é demasiadamente curioso. Há momentos nos quais eu preciso jogar nas palavras o meu peso. Jogar fora os meus mais íntimos sentires. Desabafar mesmo. Talvez, levar à superfície o meu lado mais profundo. Mas, às vezes...
Escrever dói. É como viver, pois "viver dói; dói do âmago à pele". Escrever em alguns momentos é uma tarefa muito dura e penosa. Mas, por que eu estou a escrever todas essas besteiras aqui, se o que quero dizer é que estou sem inspiração? (Na verdade me veio em mente uma idéia, mas infelizmente não vai ser nada “flabergasting” se eu escrever aqui!).

Mas, serve uma canção?

Final feliz (Jorge Vercilo)

Chega de fingir
Eu não tenho nada a esconder
Agora é pra valer haja o que houver

Não tô nem aí
Eu não tô nem aqui pr´o que dizem
Eu quero ser feliz e viver pra ti

Pode me abraçar sem medo
Pode encostar sua mão na minha

Meu amor,deixa o tempo se arrastar sem fim
Meu amor não há mal nenhum gostar assim
Oh, meu bem acredite no final feliz
Meu amor, oh, meu amor!

Thursday, October 12, 2006

Conversa com o espelho em uma noite desesperada

Não sei se foram os poucos pingos de chuva que caíram hoje que trouxeram isto. Ou melhor, sei que não foram eles. Já estava assim antes de eles caírem. Mesmo antes de avistar o céu nublado, eu já brincava na gangorra da vida. E se, de verdade, a vida é uma gangorra, quem sou eu diante dela?
Sou apenas mais um na multidão. Eu sei! Sou um jovem homem que por muitas vezes se perde, que por muitas vezes esquece de pôr o pé no freio na hora de fazer uma curva. Sou um jovem homem que algumas (poucas) pessoas chamam de “Coração”! Sou um jovem homem, estudante de Letras. Professor ou ascendente a?
Por falar em professor, será que meus alunos particulares gostam de mim? Espero que gostem. Eu me esforço, mas... Bem, ainda falando sobre professores, eu sou um jovem homem que é aluno de quatro excelentes professores na Universidade Federal da Paraíba. Ah, também tenho uma professora maravilhosa que alegra as minhas manhãs de sábado.
Falei a palavra sábado? Falei. Eu queria saber o que eu vou fazer no próximo sábado, mas, infelizmente, a gangorra da vida não permite tal cogitação.
E por falar em cogitação, vou continuar cogitando quem sou eu. Sou eu um jovem homem apaixonado? Sou eu apaixonante? Sou sensual? Provocante? Gostoso?
Não precisa responder. De que me importa a respostas dessas perguntas se a vida nunca me permite ficar no topo da gangorra?

Sunday, October 08, 2006

Sinto que meus dias estão mais coloridos. É como sentir que aquela brisa que chega de manhã ainda existe. É como se um arco-íris tivesse se formado sobre a minha cabeça. É bom, é suave, faz com que eu me sinta vivo. Tenho esperanças reais e, isso é muito bom. Espero que tudo dê certo, pois os meus dias vinham esperando isso há alguns dias...
"Que não seja eterno, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure".

Infinito particular

Tem alguém tocando a campainha? Acho que ouvi!
Parece que tem alguém tocando a campainha! Que ótimo!
Sinta-se à vontade, mas só não se perca ao entrar no meu infinito particular.

Infinito Particular (Marisa Monte)

Eis o melhor e o pior de mim

O meu termômetro, o meu quilate
Vem cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler

Faça sua parte
Eu sou daqui e não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder

Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber

Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Thursday, September 21, 2006

Cor

A cor dos teus olhos me faz ver o infinito,
O teu infinito,
O teu íntimo.

O íntimo que está ligeiramente expresso na cor dos teus cabelos,
Que está na tua pele,
Que está no teu todo.

E, é a cor do teu cabelo que te define,
Que me faz buscar a cor do teu olhar,
Pois a cor do teu cabelo afirma que tu és tu.

E tu,
Com a cor do teu cabelo,
Me fazes querer fundir as nossas cores,
Agora, a cor de nossos corpos.

José Moacir Júnior
20 de setembro de 2006.

Saturday, September 09, 2006

11 de Setembro

A existência é repleta de onzes de setembro. Isso porque certos fatos invadem os nossos dias como se fossem aviões carregados de bombas. Bombas estas que explodem dentro do peito.
E a dor se alastra como uma nuvem de fumaça que cobre o céu de uma cidade. A cidade do coração. A dor propicia a instantânea imobilidade. Propicia a falta: de sentido, de verdade. Falta de “eu”. A dor é severa, mais ainda que homens-bomba.
E é o amor o terrorista. É o amor que causa esse onze de setembro, frio e nebuloso. É ele que machuca, que faz sangrar, que mata – ilusões – e que parte em milhões de pedaços o pobre coração.
Vivi hoje um onze de setembro. Até tive as ameaças anteriores. Um ataque no mais puro sentindo da palavra. Não foi o primeiro, mas doeu como se fosse. Não foi o último, infelizmente outros hão de vir. Meu onze de setembro foi ‘blond’!
"Sempre sentira que era muito, muito perigoso viver; por um só dia que fosse" (Virginia Woolf)

Saturday, August 26, 2006

Saudade

Hoje pensei em saudade.
A palavra saudade por si só.
Apenas uma palavra que se atreve a definir pequenas e grandes coisas.
Uma brincadeira de criança: pequena coisa.
Um alguém que se foi: grande coisa.
A saudade de tudo que adorava na infância e que agora já não gosto mais.
Saudade que faz lembrar muitas lágrimas já choradas.
Saudade do que quis ser e desisti.
Saudade do que fui, mas deixei de ser.
Saudade do que ainda não fui.
Saudade, muitas vezes, de mim mesmo.
Saudade, a palavra que o coração nem sempre gosta de ouvir.
Ou que nem sempre sabe pronunciar.
Hoje pensei em saudade.
Dos que amava e a vida levou.
Dos que queria e a vida tomou.
De tudo que sentia e a vida roubou.
De alguém, de quem nem queria sentir, mas a vida é trapaceira.
De um beijo, bem beijado.
De um abraço, bem abraçado.
De um sonho, bem sonhado.
Saudade de alguém que ainda não chegou.
Imensa saudade.
Meu coração sente.
Sente saudade.
Saudade.

José Moacir Júnior
21 de agosto de 2006

Saturday, August 19, 2006

Tempestade de pensamentos

“Ando tão a flor da pele
Que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão a flor da pele
Que teu olhar flor na janela me faz morrer
Ando tão a flor da pele
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão a flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final”.

Sinto fluir de mim mesmo um eu que, às vezes, eu não gosto de ver. E sinto isso quando eu ponho os meus olhos em você e sonho que você diga que também me quer.

“Não dá pra esconder, nem quero pensar se é certo querer o que vou lhe dizer: UM BEIJO SEU E EU VOU SÓ PENSAR EM VOCÊ”.

E as dúvidas? Cruéis, angustiantes. Queria ter a certeza de poder gritar que você é ‘beautiful’ e desprezar promessas, feitas do berço ao túmulo, para assumir que tudo o que eu quero é você!

"The Blower’s Daughter”(Damien Rice)

And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...My mind...my mind...
'Til I find somebody

Friday, August 18, 2006

Meus olhos só querem enxergar ‘Blond’

“É como sentir o coração não caber mais na caixa torácica!”
Estranhamente, de certa forma me surpreendendo até, ‘the Blond’ se aproximou de mim. Os olhares não estão mais se perdendo, eles assumem uma direção. Eles vêm e vão. Facilmente circulam.
Tento fechar os olhos (no escuro sempre é bom) e enxergar o que tantos gestos, tantas palavras querem dizer. Um mar de inferências. As palavras que fluem e passam por cordas vocais que vibram dilaceradamente para acompanhar um coração que pulsa e ameaça saltar para fora do corpo. ‘The Blond’ faz isso comigo. ‘The blond’ me empurra para um eu que eu, em outrora, prometi que não iria mais existir.
Talvez não estivesse existindo de novo esse amor que chega a ser desesperado e sufocante. Talvez se não houvesse ‘the Blond’ e sua beleza deveras peculiar; se não houvesse a lua, o sol... Talvez se as cortinas do mundo se fechassem e levassem com elas o meu ‘blond love’.
Mas eu ouso dizer que eu estaria vazio sem esse meu amor. Ouso dizer que o tempo passaria de uma maneira estranha e eu me renderia às insanidades da vida. Renderia-me aos prazeres da carne. E os prazeres fariam com que eu jogasse para fora toda a minha selva de macho. Ouso dizer que os sentires que fluem desse amor fazem com que eu seja apenas eu, sem prazeres, sem selvagerias, apenas eu, e mais nada.
‘The Blond’ me preenche as lacunas do estar apaixonado. Ingenuamente apaixonado, ouso dizer mais uma vez. Essa paixão faz com que eu deseje o amor, e, desejar o amor, para mim, é viver da forma mais plena. Viver, além das angústias e dores que esse amor possa trazer. Viver para transformar cada segundo ao lado de ‘the Blond’ o mais eterno e verdadeiro. Viver para imaginar qual será o próximo passo desse jogo de sedução (cujas regras já não entendo mais) e de quem o passo partirá.
Só espero, amor meu, que você não demore muito, pois meu coração sofre e busca descanso. Meu coração busca o seu amor, busca você da forma mais ‘blond’ possível. Muito já chorei, por muitas vezes quis perder as esperanças. Muitas vezes já bati em paredes que me arrancaram sangue. Muitas vezes já me perdi em corações que, por muito pouco, não secaram o meu.
Eu não posso mais fingir ter calma, entenda, a solidão me apressa. E eu também acredito não precisar mais pedir, você já deve ter me notado.

“And I’d give up forever to touch you cause I know that you feel me somehow...”

Sunday, August 13, 2006

Do novo ao ouro

Talvez não tenha nenhuma relação com estado emocional. É realmente incrível, embora cansativo, ter com o que ocupar a mente.
Como já diz o ditado: “mente vazia: diversão para o diabo”. Agora, acho que minha vida vai seguir um caminho diferente. Está tudo realmente novo, ainda etiquetado. O cheiro do novo é indescritível; a cor do novo é forte e reluz como ouro. O novo por si só traz a impressão de que a vida está recomeçando. Independentemente de relações afetivas, de relações financeiras, o frescor do recomeço faz com que a alma se encha de garra e volte a ser leve. Claro, não vou dizer que as lágrimas já não possam mais cair, afinal, nunca disse que as lágrimas representam a tristeza. As lágrimas são como aquela reflexão que depois de feita, deve ser jogada no lixo junto a tudo que faz mal. Também não posso dizer que a brecha do amor já tenha sido tomada. O amor é necessário, e, o meu amor, talvez esteja definido. Também se não estiver, há possibilidades de o novo me trazer um amor. Todavia, para amar, tem que ser completo. Nada de aventuras, nada de irresponsabilidade nem de falta de compromisso. O quero, quero infinitamente para mim. E nestes dias, o tenho quisto é o ouro.
Resumindo: o que quero é preservar a leveza e felicidade que vem do novo e conquistar o meu amor que tem a cor do ouro. E a vida, enfim, será poesia.

Sunday, June 25, 2006

Respostas às respostas

Como se achar um caminho fosse a coisa mais difícil de se fazer. Pensar talvez traga uma solução, a tão sonhada solução. Fugir? O que fazer se todas as outras válvulas de escape já foram esgotadas? O que realmente significa deixar tudo para trás? Será que para trás, ou talvez, pelo caminho, também ficou a tal luz no fim do túnel?

“When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse...”

E ficar parado no tempo? E esperar a vida passar; passar como o canto dos passarinhos de manhã? Passar, ou melhor, cair como a tardinha, que por sinal antecede a noite, tão misteriosa e subjetiva? E ficar parado no tempo esperando cair gota por gota das lágrimas, supostamente guardadas em lugares que nem a íris pode explicar?

“When the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?...”

Sem explicações, certamente à procura das lições que Ele se propõe a nos dar, estamos nós. Estamos nós, parados, atados. Seríamos nós, desalmados? Por que ficaríamos desolados? Na verdade, estamos todos sem explicações. Estamos todos cegos para enxergar a tal luz no fim do túnel.
Supondo aceitar tudo, esquecer o que fere, jogar fora o que faz apodrecer. Deixe-me aqui, comigo mesmo! Desse modo talvez fosse mais fácil. Talvez não fosse preciso se esconder. Eu prometo que aprenderei através dos erros, se, e, somente se, você prometer que vai permitir que as lágrimas escorram sobre sua face quando você perder algo insubstituível.

“Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you.”

Sunday, June 18, 2006

Quem marcou o gol?

Em tempos de copa do mundo, tudo sobre o quê se fala é futebol. Bola na trave, bola rolando, bola na rede: GOL!
E meus sentimentos? E minhas ânsias? O que fazer com a bela visão que em raros momentos o mundo me permite contemplar?

Queria poder guardar seus passos e juntá-los aos meus. Queria fazer um placar para nós dois. Queria deixá-lo repleto de gols. Queria gritar para você (com a mesma intensidade que se grita: “GOL!”) que eu preciso ver-lhe, sentir-lhe. Talvez eu até pudesse explicitar o fato de eu não conseguir parar de pensar em você.
As horas passam, eu procuro uma saída para tantos sentimentos, tantos desejos. Procuro uma forma de fazer casual aquilo que já é quase irremediável. Procuro uma maneira de silenciar a zabumba que toca dentro de mim quando eu lhe enxergo a se debruçar sobre sua beleza tímida. E íntima é minha paixão.
Agora penso em perguntar ao juiz, aquele que julga o amor, se eu estou vencendo esse jogo de caça e caçador. Perguntar até quando vou poder segurar o que eu sinto sem que tudo ao meu redor se incinere. Antes que haja “aquela” explosão de amor, antes que meus olhares se transformem em larvas e me façam buscar-lhe como um vulcão.
E é BOOM!!! I can’t take neither my eyes nor my mind of you!
E é o fim! O ouro desse amor é seu, pois a você o amarelo cabe melhor!

Thursday, June 15, 2006

Hoje estou postando a letra de um música que me ajuda a pôr em palavras o que meu coração não sabe falar. Não sei como o mundo entende essa música; nem quero saber! Para mim, ela representa um amor profundo e ao mesmo tempo instantâneo, ou até platônico. Então ótimo! Perfeito! Está decidido, vou usá-la para expressar o que habita meu peito. Apenas espero que no fim eu possa mudar os dois últimos versos e fazer desse sentir, calor para minha alma.

You're Beautiful (James Blunt)

My life is brilliant.
My love is pure.
I saw an angel.
Of that I'm sure.
She smiled at me on the subway.
She was with another man.
But I won't lose no sleep on that,
'Cause I've got a plan.

You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.

Yeah, she caught my eye,
As we walked on by.
She could see from my face that I was,
Fucking high,
And I don't think that I'll see her again,
But we shared a moment that will last till the end.

You're beautiful.
You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
There must be an angel with a smile on her face,
When she thought up that I should be with you.
But it's time to face the truth,
I will never be with you.

(Espero que você apareça na varanda!)

Saturday, June 10, 2006

Life

Uma súbita alegria. Engraçada, pois veio do nada. Que interessante! Há quem diga: “é um milagre!”. A vida é curiosa, e, eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita...

“Vida louca vida, vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve”.

Realmente, talvez a vida seja louca. Ou talvez, todos nós sejamos loucos. Ainda há uma terceira opção: ficar um pouco louco para não enxergar certas incoerências, para fazer da loucura o escapismo do nosso ser.

“we're never gonna survive unless we get a little crazy”

Viver pode ser um mistério cujas respostas estão escondidas em um túnel muito, muito perigoso.

“Sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse”

E viver é um código indecifrável, é um cálculo que a matemática não consegue explicar. E viver é tudo de mais complexo e de mais simples, tudo junto, tudo bem homogêneo.

Sunday, June 04, 2006



“Iris”
Goo Goo Dolls

And I’d give up forever to touch you
Cause I know that you feel me somehow
You’re the closest thing to Heaven that I’ll ever be
And I don’t want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it’s over
I just don’t want to miss you tonight

And I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything’s made to be broken
I just want you to know who I am
And you can’t fight the tears that ain’t coming
Or the moment of truth in your lies
When everything seems like the movies
Yeah you bleed just to know you’re alive

And I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything’s made to be broken
I just want you to know who I am

And I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything’s made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
Essa é uma das minhas músicas favoritas, além de ser a trilha do meu filme favorito, Cidade dos Anjos.

Domingo: pé de cachimbo!

Conheço inúmeras pessoas que amam o domingo, eu, o detesto. Domingo é um dia chato, no qual você, geralmente, almoça com toda a família. Não que eu ache chato almoçar com a minha família, eu até gosto, mas o domingo é cruel. Neste dia eu me sinto chato, sonolento, fico introspectivo. É um dia no qual meu único desejo é dormir e dormir.
Como se toda a indisposição ainda não fosse suficiente, o domingo também traz aqueles programas clichês, altamente ultrapassados e que ainda assim insistem em habitar a programação dominical da televisão. Resta-nos, então, locar alguns dvds. Mas esperem; aqui por perto não tem nenhuma locadora de vídeos! My God, que lugar é esse? Que dia é esse?
Domingo traz segunda-feira, traz a lembrança de que mais uma semana irritantemente rotineira está para começar. Tudo bem, que venha a segunda-feira, eu agüento, eu sempre agüento!
Bom fim de fim de semana. Muito sono, abraço ao travesseiro e recomendações àquele velho e bom amigo chamado lençol, por fim, beijos à cama.

Saturday, June 03, 2006

Hoje eu inicio minha viagem nesse mundo que eu mesmo criei, o mundo dos meus paradoxos.
Algumas vezes é angustiante saber que minhas idéias e sentimentos se perdem. É duro existir num mundo esteticamente perfeito. Agora, eu acreditarei nos paradoxos. Entre eles hei de estar.