Saturday, October 23, 2010

I'll never forget this one night thing


Para quem eu cantaria uma valsa? Algumas pessoas já passaram pela minha vida como um relâmpago. Pessoas vindas de outros lugares, cada uma com sua vida em um lugar diferente do meu, impedindo que um algo mais acontecesse. Nunca cheguei a conhecer suas vidas na real, mas eu sempre estive aqui. Olhando para o passado, vejo que há tempos sinto meu coração disparar por transitórios amores de uma ou duas noites.
Um amor desses até me durou três encontros... Uma semana, depois quinze dias e, por último e como encerramento, apenas quatro dias. Lá atrás, já faz uns quase dez anos, alguém cruzou meu caminho em um ônibus no qual viajava. Naquele tempo eu nem entendia essas coisas de sentimento direito, mas hoje eu sei que as noites perdidas a lembrar das horas que passamos juntos naquele ônibus foram algo importante. Lembro seu nome, mas não trocamos qualquer contato. Perdemo-nos e talvez para sempre.
E agora eu lembro do mais recente encontro causado pelo acaso. Um certo alguém que me beijou durante um dia e meio, mas com um beijo que valeu mais a pena que todos os outros beijos já experimentados.
Parece que isso de amor presente não é muito para mim, ou talvez não faça o meu estilo amar alguém que não esteja a, pelo menos, uns 500 quilômetros de mim. E este deve ser um daqueles desabafos reflexivos que duram o tempo de dois filmes que se completam. Dois filmes que mexeram comigo de uma forma bem profunda. Talvez o desabafo dure o tempo que levarei para pensar, lá no meu futuro, no que poderia ter acontecido ao lado de cada um dos meus transitórios amores. Ou talvez a melancolia de minhas lembranças vá embora em algum momento "antes do pôr-do-sol" ou dure até uns minutos "antes do amanhecer".