Noite de Natal é sinônimo de mesa farta. Muita comida depositada cuidadosamente sobre a mesa coberta por uma longa toalha branca ou vermelha, ou também com pinturas que lembrem o nascimento do menino Jesus. Ao redor da mesa, a família. Tudo muito compatível com o que se espera do Natal.
Incompatível mesmo é um sentimento que arde quando é sentido. A inveja. Inveja que sentida por um certo Judas se coloca num ponto extremo ao Natal. A inveja que é envy em Inglês e que pode arder no peito de qualquer um, em qualquer língua e em qualquer momento. Basta ter um motivo, legítimo ou não, para que a inveja lá esteja.
E nada disso de inveja boa. Essa história é balela. Inveja é inveja, e é ruim. È a sensação cruel que impede que você fique feliz pelo outro e, ao contrário disso, gera o sentimento quase incontrolável de não querer que o outro tenha aquilo que desperta a sua inveja e, em alguns casos (não raríssimos!), a vontade de tomar o que é do outro.
Como se entende a inveja fica óbvio que ela não é coisa de Deus e que tal pecado capital, quando cometido, pode levar alguém a arder no fogo do inferno. E se a inveja é sentida no dia de Natal faz com que as chamas do fogo infernal fiquem ainda mais altas e quentes. Porém, a inveja é sentida a qualquer momento, sem convite, sem controle. Ela vem e se materializa como pecado.
E com a inveja materializada, guiando seu dono em direção ao fogo do inferno, faz-se uma oração e pede-se pela salvação. Se adianta ou não, não cabe a mim decidir. Fato é que no fogo do inferno ou não, a inveja já queima bem antes da acusação.
Imagem extraída de: http://ovelhadejave.blogspot.com/2010/12/sem-lenha-o-fogo-se-apaga.html