Sunday, December 25, 2011

Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno


Noite de Natal é sinônimo de mesa farta. Muita comida depositada cuidadosamente sobre a mesa coberta por uma longa toalha branca ou vermelha, ou também com pinturas que lembrem o nascimento do menino Jesus. Ao redor da mesa, a família. Tudo muito compatível com o que se espera do Natal.
Incompatível mesmo é um sentimento que arde quando é sentido. A inveja. Inveja que sentida por um certo Judas se coloca num ponto extremo ao Natal. A inveja que é envy em Inglês e que pode arder no peito de qualquer um, em qualquer língua e em qualquer momento. Basta ter um motivo, legítimo ou não, para que a inveja lá esteja.
E nada disso de inveja boa. Essa história é balela. Inveja é inveja, e é ruim. È a sensação cruel que impede que você fique feliz pelo outro e, ao contrário disso, gera o sentimento quase incontrolável de não querer que o outro tenha aquilo que desperta a sua inveja e, em alguns casos (não raríssimos!), a vontade de tomar o que é do outro.
Como se entende a inveja fica óbvio que ela não é coisa de Deus e que tal pecado capital, quando cometido, pode levar alguém a arder no fogo do inferno. E se a inveja é sentida no dia de Natal faz com que as chamas do fogo infernal fiquem ainda mais altas e quentes. Porém, a inveja é sentida a qualquer momento, sem convite, sem controle. Ela vem e se materializa como pecado.
E com a inveja materializada, guiando seu dono em direção ao fogo do inferno, faz-se uma oração e pede-se pela salvação. Se adianta ou não, não cabe a mim decidir. Fato é que no fogo do inferno ou não, a inveja já queima bem antes da acusação.

Monday, May 02, 2011

A change

 Listening to Strawberry Swing, Coldplay

I'm sure it was necessary and I feel it's gonna be a unique experience in my life. But I'm still afraid of this big change. Actually, I could say it's going to be a challenge to rebuild my life according to a different routine. It's gonna be hard, at least sometimes, to wake up and does not see anybody home but me.
This change, however, will be of great importance to my independence and to my professional growth. 
I'm taking this chance (and change) that professional movements have just brought to me. And now, more than ever, I'm hoping for the best.

Sunday, March 20, 2011

Vai saber

Ele queria apenas reaprender a ir à luta... Ele queria saber como continuar aquela conversa aparentemente casual no corredor vazio do shopping center fechado, por onde eles passavam após a última sessão do cinema. Ele até teve a coragem e ousadia de começar o diálogo, mas não soube ser ainda mais ousado (ou corajoso) para fazer a conversa render. Eles estavam na mesma situação: duas pessoas que tinham ido ao cinema sozinhas. Eles eram dois solitários que poderiam, conforme a imaginação daquele que iniciou a conversa, jantar, falar sobre suas vidas e, quem sabe, pôr fim àquela solidão que pelo menos no peito de um ardia como fogo.
Mas ele não soube continuar a conversa, deu apenas um "tchau" após ouvir um "boa sorte"! E a imagem do outro ficou em sua mente, como um aviso de que ele precisa ousar mais. Mas lhe falta coragem, ou o medo o toma... Vai saber...

Thursday, February 17, 2011

O mundo gira e nós ainda somos os mesmos

Há tempos não passo por aqui... Deixei até pela metade a minha reflexão sobre o ano de 2010. Agora é tarde, que fique para trás, ainda que tenha sido um dos melhores anos de minha vida. 2011 chegou e pronto. Vamos vivê-lo na esperança de que um ano que começou na Europa seja um ano repleto de felicidade.
Por falar em Europa, vivi por lá os trinta dias mais plenos e felizes de minha vida até agora. Pelas ruas enladeiradas de Coimbra, entre um gole de café e outro, sorri incansavelmente com Amália, Bárbara e Clara! E não dá pra esquecer da gentileza e da generosidade do amigo Léo! Todos portugueses maravilhosos que, se calhar, serão amigos para toda a vida! E como sinto saudades deles agora... E sinto saudades de Belzita também, que está por lá na companhia dos amigos que vivem do outro lado do Atlântico.
Também não posso esquecer das aventuras em Londres e da sensação maravilhosa de estar em Paris. É melhor parar antes que o tom fique nostálgico por demasiado.
Retomando o que o tempo representa... Preciso confirmar que algumas coisas não mudam. Continuamos buscando as mesmas coisas. Sentimos falta da mesma forma que sentíamos anteriomente. A vida é circular e parece imitar o mito do eterno retorno. Sendo o que for, deixe ser a vida...
Recolho-me com o desejo de ser intensamente abraçado por alguém que nem sei quem.

Wednesday, December 15, 2010

A caminho de 2011 - Parte I

Dentre tantas coisas que ainda preciso fazer antes que este ano se acabe, pareceu-me extremamente necessário escrever minhas impressões sobre 2010.
Será que é um clichê dizer a frase: "parece que foi ontem que o ano começou!"? Pois bem, se for um clichê, fico neste lugar-comum, pois não há outra coisa a se dizer sobre o ano que termina. Ele foi mais que rápido, foi veloz de uma maneira que causou vertigem a quem tentava se equilibrar entre sentimentos, mudanças e decisões importantes. Faltam apenas 15 dias para que os fogos explodam e anunciem a chegada de 2011. Meu coração, ainda vertiginoso, treme de ansiedade e eu, ainda com muitos afazeres para 2010, corro para fechar as lacunas abertas, para cumprir os prazos, para fazer valer meu sentimento de ter vivido um dos melhores anos de minha vida.
Formei-me, comecei o Mestrado, passei em um concurso temporário, recebi excelentes propostas. Minha vida profissional deu uma guinada fascinante. Senti o valioso prazer de fazer o que faço, vi meu trabalho recompensado e, por mais que não tenha feito algumas coisas como eu gostaria (e deveria) ter feito, meu 2010 foi um ano reconhecedor de meu esforço e da minha vontade de prosperar.
Espero que o próximo ano continue próspero e que as conquistas não parem. Aliás, resta-me ainda a ansiedade por um resultado que pode ser determinante para o rumo que a minha vida vai tomar no próximo ano... Que os últimos dias de 2010 tragam os melhores resultados: os resultados que serão melhores para minha vida!
Estou trêmulo de ansiedade. Trêmulo como quando senti aquele beijo maravilhoso... Mas isso vai ficar para o próximo post.

Saturday, December 11, 2010

Na velocidade da vida


O ritmo alucinante que minha vida tomou me faz aparecer apenas para não perder o espaço. Faço questão de ter este lugar para me esconder entre meus mais íntimos paradoxos. Preciso de um lugar para depositar as dúvidas, as angústias e os desejos que surgem nas curvas da minha frenética caminhada rumo à felicidade. Os dias passam, muito acontece e muda tudo o que havia sido planejado anteriormente. E tudo isso é vida, no mais pleno significado da palavras.
...E quase que na velocidade de um piscar de olhos, mais um ano passou... E eu ainda me pergunto: aonde está o meu amor?

Saturday, October 23, 2010

I'll never forget this one night thing


Para quem eu cantaria uma valsa? Algumas pessoas já passaram pela minha vida como um relâmpago. Pessoas vindas de outros lugares, cada uma com sua vida em um lugar diferente do meu, impedindo que um algo mais acontecesse. Nunca cheguei a conhecer suas vidas na real, mas eu sempre estive aqui. Olhando para o passado, vejo que há tempos sinto meu coração disparar por transitórios amores de uma ou duas noites.
Um amor desses até me durou três encontros... Uma semana, depois quinze dias e, por último e como encerramento, apenas quatro dias. Lá atrás, já faz uns quase dez anos, alguém cruzou meu caminho em um ônibus no qual viajava. Naquele tempo eu nem entendia essas coisas de sentimento direito, mas hoje eu sei que as noites perdidas a lembrar das horas que passamos juntos naquele ônibus foram algo importante. Lembro seu nome, mas não trocamos qualquer contato. Perdemo-nos e talvez para sempre.
E agora eu lembro do mais recente encontro causado pelo acaso. Um certo alguém que me beijou durante um dia e meio, mas com um beijo que valeu mais a pena que todos os outros beijos já experimentados.
Parece que isso de amor presente não é muito para mim, ou talvez não faça o meu estilo amar alguém que não esteja a, pelo menos, uns 500 quilômetros de mim. E este deve ser um daqueles desabafos reflexivos que duram o tempo de dois filmes que se completam. Dois filmes que mexeram comigo de uma forma bem profunda. Talvez o desabafo dure o tempo que levarei para pensar, lá no meu futuro, no que poderia ter acontecido ao lado de cada um dos meus transitórios amores. Ou talvez a melancolia de minhas lembranças vá embora em algum momento "antes do pôr-do-sol" ou dure até uns minutos "antes do amanhecer".