Tuesday, January 23, 2007

Diário de Viagem

Era noite da terça-feira, 16 de janeiro, e eu estava chegando a Natal. Chegava muito entusiasmado, pois ainda não conhecia a cidade direito, apenas algumas de suas praias. Durante minha primeira noite na cidade o céu deixou cair alguns pingos de chuva. Na manhã seguinte, porém, já não havia mais chuva e pude começar a dar meus primeiros passos na capital potiguar. Acompanhado por meu amigo Marcelo, fui ao Praia Shopping, em Ponta Negra, nas imediações da casa dele (onde fiquei hospedado). À noite, saímos novamente para dar um giro na cidade aproveitando o bom trânsito do horário. Terminamos o passeio numa lanchonete muito legal no bairro de Lagoa Nova, a Pittsburg.
Manhã de quinta-feira, sol forte e muita disposição, ou seja, ótima receita para ir à praia. A praia de Ponta Negra foi o nosso destino. E preciso dizer: “que praia!”. Tudo muito organizado e um cenário composto por pessoas bonitas, muitos turistas e, principalmente, por um mar belíssimo. Um dia maravilhoso que foi encerrado com mais uma volta pela cidade com direito a visitas a pontos estratégicos.
Na sexta-feira, fui à praia sozinho enquanto Marcelo resolvia alguns problemas e, mesmo não gostando da idéia de ficar sozinho na praia, me diverti bastante. Durante minha caminhada pela areia pude apreciar a vista extremamente maravilhosa. Também conheci um grupo de italianos que estava curtindo as férias no local. E entre boas conversas, muita caminhada e uma pausa para a água de coco, a tarde foi se despedindo. A noite que chegou, a primeira do fim de semana, prometia. Com muito entusiasmo e expectativa, fui conferir o que há de bom na noite potiguar. E há, de fato, muita coisa boa! Várias opções na intenção de agradar a todos os públicos. Não preciso nem falar que a noite foi maravilhosa e que só terminou quando o sol pôs seus primeiros raios no céu.
O dia seguinte veio preguiçoso, afinal, a noite anterior tinha durado. Mas a viagem não podia parar e um bom passeio vespertino na praia do Meio foi o que Marcelo e eu escolhemos. Não demoramos muito por lá. Voltamos para casa e aproveitamos um pouco o ato de não fazer nada, o que nos distraiu bastante. Resultado: já eram quase duas da manhã quando saímos. Mas isso não foi problema, a noite de sábado também foi muito agradável e estávamos em casa quando o dia amanheceu.
Após duas noitadas seguidas, nós estávamos realmente exaustos. A solução foi utilizar a manhã de domingo para repousar e recarregar as nossas forças. À tarde, fomos mais uma vez à praia de Ponta Negra e, à noite, mais uma vez à farra. Mas antes da farra, uma passadinha em uma lanchonete para matar a fome.
A noite de domingo terminou cedo em relação às de sexta-feira e sábado: três da manhã. Terminou com a noite de domingo também a minha viagem a Natal. Já sentindo imensa saudade dos dias de férias e muita diversão, entrei no ônibus, guardei as recordações, fechei o diário e voltei para João Pessoa, muito animado e pronto para encarar o ano que semana que vem começa para valer.

Sunday, January 21, 2007

Como suspiros

É interessante como a vida nos surpreende e nos dá coisas vindas dos lugares mais inesperados. É um pouco estranho até, quando você não consegue controlar e começa a sentir. Quando você quer ficar, mas sente que é preciso ir. Quando você lamenta a falta e sente dor ao viver caminhos que estão descruzados. E é difícil entender a origem de todas essas coisas. É difícil entender a vida. É difícil saber quando um instante termina para outro começar.

José Moacir Júnior

Saturday, January 20, 2007

Um buraco comum

Acredito que o sentido da palavra decepção seja comum em todas as línguas, afinal, não importa se você é brasileiro, irlandês, russo ou japonês; certamente você já sofreu várias delas e está ciente de que muitas ainda virão, infelizmente.
Pois é. Acreditar em alguém é um ato muito perigoso que pode te levar à felicidade (quando esse alguém se comporta da maneira ideal para sua confiança), ou à pior das dores, das angústias (quando esse alguém põe no chão toda confiança por você depositada). E, independente do tipo de relação que você tem com alguém, a decepção vai ser sempre a decepção, vai sempre lhe fazer mal e lhe machucar profundamente. Amigos, amantes, namorado (a), marido/mulher, familiares... A decepção é a mesma. Pode até ser que doa de formas diferentes, uma vez que nenhuma dor é igual a outra e também individual, ou seja, só conhece sua dor quem de fato a sente.
Já vivi decepções de todos os tipos. Mentiras, traições, omissões. Já chorei muitas lágrimas por todas elas. Muitas mesmo. Tanto que não há mais água na fonte geradora da lágrima. Está tudo seco. E acho difícil que as flores continuem a brotar nesse solo seco no qual meu coração vem se transformando.
Nem queria puxar o assunto para a primeira pessoa, mas foi inevitável. Minha real intenção era expressar minha visão sobre decepção.

De Mais Ninguém
Composição: Marisa Monte/ Arnaldo Antunes
Se ela me deixou, a dor,

É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem

É meu troféu, é o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia.
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.

Se ela me deixou, a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem

É o meu lençol, é o cobertor
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia.
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.

Thursday, January 18, 2007

Sem ponto final

Hoje já é o 18º dia do ano de 2007. Aqui estamos, aqui estou eu, aqui está a vida. Nem sempre quieta, graças a Deus. Não tenho do que reclamar desses primeiros dias do ano. Até mesmo os aborrecimentos estão sob controle e, considerando que estou viajando, posso dizer que estou vivendo meu momento de fuga da realidade. Estou fugindo dos horários, das preocupações (embora algumas sejam inevitáveis) e, principalmente, da impiedosa idéia de um dia após o outro.
Até agora, todos os dias tiveram o seu algo especial. Tudo que fiz, fiz por desejo próprio. Algumas coisas já estão guardadas e eu, certamente, irei lembrar delas lá no 365º dia do ano. Já atingi alguns de meus anseios para esse ano e caminho firme, na crença de que os outros hão de estar em alguma curva desses dias que se aproximam com a leveza de uma brisa e com a dureza de uma rocha. E, prometo a mim mesmo que optarei pela leveza e não deixarei a minha rocha íntima petrificar-se.
E não quero mais saber daquele amor perdido, vazio e sem solução. Não tenho mais tantos medos e indecisões, portanto, digo adeus a esse amor que teme e se esconde por traz de máscaras. Quero o amor que vier. Quero a pessoa certa, porém, se a certa não vier, vou me diverti com as erradas. Como minha amiga Thatyana costuma dizer: “eu não sou Sandy!”.

Friday, January 12, 2007

Absorto pelo Universo Particular

São inúmeras as palavras com as quais eu poderia definir o show de hoje, mas vou ficar com apenas uma: INESQUECÍVEL!
Após anos de espera, fui assistir a um show da Marisa Monte, que passou por aqui com sua turnê Universo Particular. Posso garantir que vivi momentos de muita emoção. Do início do show, ao ouvir a música Infinito Particular, ao fim, com a música Amor I love you. Sem esquecer é claro de todas as músicas, clássicas, do projeto Tribalistas ou dos novos álbuns, cantadas ao longo das quase duas horas de apresentação.
Sobre a inclusão de músicas dos Tribalistas no repertório só posso dizer que foi magnífico, pois, infelizmente, Arnaldo, Carlinhos e Marisa não puseram os pés na estrada durante a divulgação do trabalho.
Tornando mais íntimas as impressões, eu posso afirmar que as músicas: Dança da Solidão, Beija Eu, Até Parece e Já sei Namorar foram as que mais me emocionaram. Arrepiei-me por completo e meu coração bateu mais forte. E fiquei também maravilhado com o número de pessoas que compareceram. Também, usando um pouco das palavras da estrela da noite, com a comunhão de tantas pessoas diferentes. E que comunhão!
Acho que só ficou faltando Bem que se quis e a nova O Bonde do Dom, mas fica para a próxima.

Até
Parece
(Marisa Monte, Dadi, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown)

Até parece
Que não lembra que não sabe
O que passou
Não faz assim
Não faz de conta que não pensa
Em outra chance para nós dois
Olha pra mim
Não me torture, não simule
Não me cure de você
Deixa o amanhã dizer
Deixa o amanhã dizer


Sunday, January 07, 2007

Para não precisar descrever

Amo música e, devido a esse amor, busco uma canção para traduzir em forma de melodia cada sentimento do meu coração. Antes de ontem, ontem, hoje, amanhã, sabe Deus até quando, sinto algo que é insatisfeito, vazio. É desesperador até... A idéia de que talvez isso nunca se resolva e vá comigo até o túmulo. A incerteza de não saber o que se passa naquela mente loira. A dúvida!!!
Como disse, amo música e não estou nem aí para gêneros, assim, não pensem que quero assumir uma personalidade feminina ao dizer as seguintes palavras:

Nua
Ana Carolina

Olho a cidade ao redor
E nada me interessa
Eu finjo ter calma
A solidão me apressa

Tantos caminhos sem fim
De onde você não vem
Meu coração na curva
Batendo a mais de cem

Eu vou sair nessas horas de confusão
Gritando seu nome entre os carros que vêm e vão
Quem sabe então assim
Você repara em mim

Corro de te esperar
De nunca te esquecer
As estrelas me encontram
Antes de anoitecer

Olho a cidade ao redor
Eu nunca volto atrás
Já não escondo a pressa
Já me escondi demais

Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim


Será que você um dia vai reparar em mim? Será que você já reparou?

Monday, January 01, 2007

10 anseios para o ano novo.


1. Show de Marisa Monte, no dia 11 de janeiro. Nossa, foram anos de espera e mal posso controlar minha ansiedade. Só faltam dez dias. Que venha o Universo ao meu redor e o Infinito particular.
2. Um emprego de verdade, seguro, no qual eu possa m realizar.
3. Continuar lutando para ser feliz.
4. Ter mais força e disposição para vencer os obstáculos.
5. Viver um amor real, sem idealizações. Nada de amores platônicos. Não os agüento mais.
6. Saúde e paz, para mim e para todos que amo.
7. Sexo, hehehe!
8. Baladas e diversão.
9. Quietude e descanso.
10. SUCESSO.

2007

Mais um ano está a começar. São mais 365 dias que estão vindo para marcar a vida de todos nós.
Sem dúvida alguma, esse dia poderia ser o mais indicado para fazer milhões de promessas, planos... Poderia prometer mudanças a mim mesmo e a todo infinito que m rodeia. Mas até que ponto seriam válidas tantas palavras? Assim, prefiro deixar que venham esses 365 dias, que sejam agradáveis e plenos: é tudo o que espero. Que deles surja um ‘true love’!
Para mim, para você, para cada flor que brote nos jardins dessa vida deveras louca, para o universo:

FELIZ ANO NOVO!
HAPPY NEW YEAR!