Outra dia, assisti ao filme Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility, 1995) como objeto de estudo para conhecer um pouco sobre a Era Vitoriana. Uma das cenas que mais me impressionou foi a cena na qual a mãe disse a suas filhas, personagens vividas por Emma Thompson e Kate Winslet, que quando não se tem sobre o que falar, deve-se falar sobre o tempo.
De fato, o diálogo da mãe com as filhas revela muito sobre o comportamento, sobre os tabus existentes naquela época. O que, entretanto, é mais interessante é o modo como os resquícios da Vitorian Age ainda estão presentes nos nossos dias.
Quando cheguei ao caixa da padaria, esta tarde, cumprimentei a funcionária (já velha conhecida, pois há anos compro pão nesta padaria) com um “tudo bem?”. O cumprimento costumeiro, hoje, e talvez várias outras vezes, foi seguido pelo meu comentário: “Este tempo maluco; ora faz sol, ora chove!”. Isso não lembra o que a mãe disse às filhas em Razão e Sensibilidade? Não poderia eu estar na mesma cena? Não! Eu não poderia estar lá, pois o filme é ambientado entre o fim do século XIX e o início do século XX – não lembro ao certo –, e eu, eu vivo no presente século XXI.
Mas enfim, o que tudo isso me disse foi que o presente tem mais do passado do que nós podemos imaginar. O presente é uma releitura de um passado e será relido por um futuro próximo. Estamos presos ao passado – é inevitável – e o nosso futuro estará preso ao presente de hoje.
Talvez seja hora de cuidar do presente e de tentar resgatar e guardar com carinho o passado que, ao contrário do que imaginamos, não está tão distante. Até quando se falará sobre o tempo quando não se tiver sobre o que falar?
De fato, o diálogo da mãe com as filhas revela muito sobre o comportamento, sobre os tabus existentes naquela época. O que, entretanto, é mais interessante é o modo como os resquícios da Vitorian Age ainda estão presentes nos nossos dias.
Quando cheguei ao caixa da padaria, esta tarde, cumprimentei a funcionária (já velha conhecida, pois há anos compro pão nesta padaria) com um “tudo bem?”. O cumprimento costumeiro, hoje, e talvez várias outras vezes, foi seguido pelo meu comentário: “Este tempo maluco; ora faz sol, ora chove!”. Isso não lembra o que a mãe disse às filhas em Razão e Sensibilidade? Não poderia eu estar na mesma cena? Não! Eu não poderia estar lá, pois o filme é ambientado entre o fim do século XIX e o início do século XX – não lembro ao certo –, e eu, eu vivo no presente século XXI.
Mas enfim, o que tudo isso me disse foi que o presente tem mais do passado do que nós podemos imaginar. O presente é uma releitura de um passado e será relido por um futuro próximo. Estamos presos ao passado – é inevitável – e o nosso futuro estará preso ao presente de hoje.
Talvez seja hora de cuidar do presente e de tentar resgatar e guardar com carinho o passado que, ao contrário do que imaginamos, não está tão distante. Até quando se falará sobre o tempo quando não se tiver sobre o que falar?