Wednesday, December 05, 2007

Hello, Stranger!: A crueldade delicada de Closer


É preciso ter sensibilidade para deixar seus olhos assistirem a um filme como Closer - Perto Demais. Talvez seja preciso, antes de tudo, livrar-se de conceitos provincianos sobre o amor. Não posso afirmar ao certo o que se faz, ou não, necessário quando se estar disposto a ver esse filme, pois acho que ainda não perdi por completo o toque provinciano no que diz respeito ao amor.

Lidar com o amor de uma forma não muito escrupulosa, de fato pode aterrorizar alguns, assustar outros, chocar, ou simplesmente causar êxtase. O que é o amor? O que são as relações amorosas? De onde vem esse sentimento tido como uma espécie de combustível do mundo?

Simplesmente não sei a resposta de nenhuma das questões que lancei. O que sei é que ao ver Closer, eu me perco um pouco nos meus próprios pensamentos. Na primeira vez, achei cruel a forma como o amor estava sendo posto. Na segunda, já assistia ao filme com os olhos de quem gostou da obra (uma espécie de leitura na qual você recupera tudo o que já leu e aprimora sob uma outra visão de mundo). Hoje, terceira vez que vi o filme, eu o notei de uma maneira diferente e esperei ansioso pelas cenas que mais me comovem e que, a meu ver, traduzem mais completamento o filme.

Então, eu penso: "Como pode ser tão simples deixar de amar alguém? Como pode a verdade, dita de maneiras ferozmente reais, ser tão necessária?". Acho que tudo isso é o material do qual o filme se apropria para retratar a simplicidade (e ao mesmo tempo a naturalidade) que constitui o que para quase todos nós é tão complexo: o amor.

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