Houve anos em que esperava ansiosamente pelo dia do meu aniversário. Nenhum dia no ano era tão significativo, tão importante quando o dia 5 de agosto, que, além de tudo, é feriado em João Pessoa.
Como sempre morei aqui, quando criança o dia era mágico, ou mágica era idéia de não ter que ir à escola. Eu ficava em casa, podia brincar com todos os brinquedos da minha caixinha. E também podia aproveitar os novos brinquedos que estavam chegando naquele dia. Eu via cada brigadeiro ser enrolado. Via o bolo de chocolate com cobertura de chocolate e, no fim da tarde, os parabéns. A família em volta da mesa para celebrar nada, mas a mim!
Os anos se passaram e, já não mais criança, a magia do aniversário de certo modo ainda existia. A ansiedade podia não ser a mesma, mas ela ainda estava ali. Mas foram anos, são anos que me separam daquela infância onde tudo era lúdico, tudo era celebração. Perdas, desavenças, angústias, frustrações... Tudo isso foi me levando embora as velhas borboletas que passeavam pelo meu estômago nos dias que antecediam o meu aniversário. Lá, o dia era marcado no calendário antes mesmo de o ano começar; cá, não vejo marcas na folhinha de agosto do meu calendário. Mas por que tudo mudou?
Hoje, me encontro à véspera de mais um aniversário. Não posso mentir e dizer que não me sinto um pouco ansioso. Sou egocêntrico e é bom ser o centro das atenções. Serão ligações, e-mails, scraps (que por sinal me aborrecem, pois acho fria essa forma de orkut-parabenizar). O dia ainda parará, ainda moro em João Pessoa...
Há dias e também agora, me sinto um pouco deprimido, nostálgico talvez. Por que lembrar de tudo em um único dia? Isso é tão Mrs. Dalloway... Mas não, ao contrário da personagem de Virginia Woolf, eu não queria dar uma festa e nem comprar eu mesmo as flores. Também não sei o que queria (a cada ano que passa tenho mais certeza de que sobre nada tenho certeza). A cada nova idade, tudo parece mais claro, ou seja, enxergo com os olhos mais velhos que tudo é incerto, que tudo tem dois lados.
Mas que bom! É verdadeiramente bom saber que, apesar de tudo, você está vivo e que, ainda que seja muito difícil acreditar, a esperança sempre existe, pois sempre existirá a possibilidade de se ser mais feliz; ou não.
Como sempre morei aqui, quando criança o dia era mágico, ou mágica era idéia de não ter que ir à escola. Eu ficava em casa, podia brincar com todos os brinquedos da minha caixinha. E também podia aproveitar os novos brinquedos que estavam chegando naquele dia. Eu via cada brigadeiro ser enrolado. Via o bolo de chocolate com cobertura de chocolate e, no fim da tarde, os parabéns. A família em volta da mesa para celebrar nada, mas a mim!
Os anos se passaram e, já não mais criança, a magia do aniversário de certo modo ainda existia. A ansiedade podia não ser a mesma, mas ela ainda estava ali. Mas foram anos, são anos que me separam daquela infância onde tudo era lúdico, tudo era celebração. Perdas, desavenças, angústias, frustrações... Tudo isso foi me levando embora as velhas borboletas que passeavam pelo meu estômago nos dias que antecediam o meu aniversário. Lá, o dia era marcado no calendário antes mesmo de o ano começar; cá, não vejo marcas na folhinha de agosto do meu calendário. Mas por que tudo mudou?
Hoje, me encontro à véspera de mais um aniversário. Não posso mentir e dizer que não me sinto um pouco ansioso. Sou egocêntrico e é bom ser o centro das atenções. Serão ligações, e-mails, scraps (que por sinal me aborrecem, pois acho fria essa forma de orkut-parabenizar). O dia ainda parará, ainda moro em João Pessoa...
Há dias e também agora, me sinto um pouco deprimido, nostálgico talvez. Por que lembrar de tudo em um único dia? Isso é tão Mrs. Dalloway... Mas não, ao contrário da personagem de Virginia Woolf, eu não queria dar uma festa e nem comprar eu mesmo as flores. Também não sei o que queria (a cada ano que passa tenho mais certeza de que sobre nada tenho certeza). A cada nova idade, tudo parece mais claro, ou seja, enxergo com os olhos mais velhos que tudo é incerto, que tudo tem dois lados.
Mas que bom! É verdadeiramente bom saber que, apesar de tudo, você está vivo e que, ainda que seja muito difícil acreditar, a esperança sempre existe, pois sempre existirá a possibilidade de se ser mais feliz; ou não.
1 comment:
É engraçado como as coisas mudam...
Toda criança passa o ano interio ansioso pela chegada do seu aniversário, mas tudo para ganhar presentes, e algumas vezes, ser o centro das atenções também [meu caso]..
Enfim, infelizmente nao deu pra passar a véspera do seu aniversario ao seu lado...
Mas desejo tudo de bom para você, pos você merece isso e muuito mais!!!
Abraçãoooo
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