Eu mesmo comprarei as flores...
Após não mais que 365 dias, é novamente hora de dizer adeus a um ano. Parece que foi ontem que 2009 chegou, mas 2010 já está aí, batendo à porta com pressa para entrar. Mas antes que a porta de 2009 se feche, ainda há tempo para refletir...
O ano que termina foi um ano apressado. Muitos minutos para poucas horas e os ponteiros dançando em ritmo acelerado sobre os relógios. A vida que precisou se apressar e se dividir entre risos e lágrimas.
Pessoas especiais que chegaram quando menos se esperava. Alguém muito especial que surgiu do mais improvável dos lugares e trouxe momentos maravilhosos e intensos. Momentos que vieram (e talvez continuem vindo) em temporadas. Alguém especial veio e impôs paixão e saudade. Seria bom vencer as milhas de distância e mergulhar na imensidão azul de seus olhos!
Mas não é só de paixão que vive o homem. Precisa-se de algo físico, concreto. Foi por isso, talvez, que outro alguém apareceu, mas por chegar em hora imprópria acabou se perdendo e, provavelmente, querendo não fazer parte deste texto incoerente.
Um alguém especial, dos anos passados, também ressurgiu esse ano. Reapareceu, causou tumulto e realizou um desejo antigo com um beijo intenso em uma tarde de sábado. O beijo deixou um gosto diferente na boca e mais uma vez um desejo ficou guardado...
E os paradoxos continuaram muito incoerentes... Variações de humor, sentimentos confusos em um coração acelerado. Houve medo e insegurança. Houve muita, muita frustração. Sonhos cortados como planta verde. Sonhos que não amadurecerão. E como analgésico para as feridas, oito trabalhosos semestres foram as sementes para um diploma que chegará no início do ano que está batendo à porta e trazendo algumas várias dúzias de dias por onde passarão os primeiros passos rumo a um novo título.
Já que a palavra título apareceu, é mais que necessário dizer que o pensamento neste título fez com que o tempo ficasse ainda mais curto. Entre aulas, diários, relatórios, textos e provas, três teorias geraram a estrutura base para o funcionamento da mente ansiosa por melhores oportunidades.
Toda a correria e o amontoado de afazeres determinaram a semelhança entre um orientando e uma orientadora. Parece que ser Linguista é sinônimo de ter sempre muito o que fazer. E que bom ter o que fazer. Ocupar a mente foi o melhor dos alucinógenos experimentados este ano.
Por falar em ocupação, ela esteve presente até mesmo no dia de "apagar as velinhas", atenuando, felizmente, a imensa insatisfação daquele dia que, este ano, não foi bom.
Estar em dois lugares ao mesmo tempo, fazer duas coisas ao mesmo tempo, acelerar, correr, suar... Ufa! E agora é hora do ano acabar... Pois que acabe e deixe 2010 entrar. Entre feliz, ano que vem, sinta-se em casa. Ocupe seu espaço e traga boas energias e força para viver mais 365 quentes dias.
Mas antes que a folha do calendário seja virada, ainda é necessário comprar as flores... E no melhor estilo Dalloway, eu mesmo comprarei as flores para enfeitar a recepção do novo ano.
Feliz Ano Novo!