Estive pensando nos últimos dias sobre relacionamentos do passado. Lembranças significativas de todos eles ficaram guardadas e, às vezes, surgem do lugar mais profundo da memória. São as lembranças boas na maior parte das vezes. A forma de dar carinho de cada uma dessas pessoas que ficaram no passado. O modo como o abraço era dado. O beijo. Até o sexo, se houve, vira lembrança. Nos momentos em que as recordações vêm à tona, nos depararmos com uma espécie de seleção de imagens e sensações é inevitável. Com a seleção, percebemos que algumas pessoas significaram mais que as outras. Talvez pelo tempo que o relacionamento durou ou pela intensidade do sentimento. De umas temos mais lembranças da atração física como se o desejo ou a forma de fazer sexo fosse o grande souvenir; de outras, vem o carinho, as palavras carinhosas... Nunca esquecerei do amor que você tinha por mim e de como me sentia protegido. (Você sabe que é para você que eu falei isso, não é?).
Mas o bom mesmo é perceber que a vida passa e modifica tudo, como se fosse um tufão, a vida realmente passa. Quando um relacionamento termina, parece que o mundo está indo junto; ou não. O tempo, por sua vez, traz outro relacionamento; ou não. E tudo se transforma em um grande ciclo. Ter lembranças belas, gostosas talvez seja o fator crucial para entendermos que a vida é como um tufão e assim, nos prepararmos melhor para quando o vento estiver soprando sobre nossos ossos. Fechar o coração não adianta, pois o vento precisa entrar. E fechar o coração pode ser fechar os olhos para novos amores.
Nada é para sempre, tudo termina e, por isso, é preciso aceitar que mesmo os relacionamentos que queremos que durem para sempre um dia se transformarão em passado. E o amor também não é tudo, é preciso mais para ser feliz ao lado de alguém.
Nada é para sempre, tudo termina e, por isso, é preciso aceitar que mesmo os relacionamentos que queremos que durem para sempre um dia se transformarão em passado. E o amor também não é tudo, é preciso mais para ser feliz ao lado de alguém.
Na verdade, estar ao lado de outra pessoa é algo que exige muito. Se você reconhece as suas manias e entende seu jeito de ser, você certamente perceberá o quanto é difícil equilibrar suas manias e seu jeito de ser com as manias e o jeito de ser de outra pessoa. É difícil e isso destrói a idéia de que os opostos se atraem. Os opostos só se atraem nas ciências exatas e o amor é a ciência mais inexata de todas.
Contudo, também não dá para negar que a tentativa de equilibrar-se com outra pessoa não é algo fascinante. No primeiro mês, aquilo de não saber nada sobre o outro, uma insegurança e um infinito medo de errar. Daí os meses vão passando e se a relação vingar a idéia de completar um ano de relacionamento causa aquele suspiro de "como passou rápido". Até que o fim chega. Machuca. Causa lágrimas e às vezes rancor. Mas também os momentos marcantes viram memórias que de vez em quando nos farão lembrar de todos os relacionamentos antigos. Dessas lembranças o que devemos concluir é que os relacionamentos do passado no passado devem ficar.
1 comment:
É interessante a marca que as pessoas deixam em nós. Quando começamos algum 'relacionamento', seja ele um amor, uma amizade.. nós desejamos a eternidade pra todos eles. Infelizmente nem sempre o nosso desejo prevalece. Enquando lia esse texto, um filme passava em minha cabeça. Lembrei dos meus "Relacionamentos antigos" e acabei sentindo saudades. Guardo muitas lembranças na memória e faço questão de não esquecê-las. As vezes as recordo e sorrio comigo mesma, sozinha, antes de dormir. Tento dar atenção as lembranças boas; as ruins só servem pra nos fazerem sofrer novamente, em dobro.
A vida segue sempre! =]
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