Wednesday, March 11, 2009

Feelings

Dedicado a Genilda Azeredo

Após meses mergulhando no universo de Jane Austen através do romance Orgulho e Preconceito, finalmente o trabalho está concluído. Foram longas páginas a serem lidas e em cada uma delas estiveram presentes os mais diversos sentimentos. Amor, paixão, respeito, admiração, orgulho e preconceito... Sentimentos que são atuais e que, verdadeiramente, estão intrínsecos ao nosso ser.
Com o término das discussões acerca do romance, ficaram as perguntas soltas no ar: "O que é amor?","O que é casamento?"... Todos tentamos responder perguntas como essas ao longo de nossa curta existência. Às vezes, vivemos um amor, um casamento, um desejo e nem sequer nos damos conta de que era amor, era desejo.
Como foi dito ontem durante os seminários: "não há amor sem admiração". Mas será que amamos todas as pessoas que dizemos admirar? Será que admiramos todas as pessoas que dizemos amar? É tudo tão incoerente. Os sentimentos são incoerentes. Um parece querer passar por cima do outro. Sentimentos se misturam de forma a impedir que identifiquemos cada um em seu individual.
Mas para tudo deve haver um equilíbrio. Essa é uma das lições que tirei da obra de Jane Austen. Equilíbrio! Precisei dele até mesmo para fazer o trabalho escrito, pois para mim, lidar com sentimentos é uma tarefa árdua! Para mim, refletir sobre palavras, olhares, gestos tão enigmáticos e tão carregados de significado é algo extremamente complexo.
Sinto que aprendi muito e que a oportunidade de falar sobre sentimentos, a partir de um texto antigo que se faz contemporâneo, foi crucial. Posso agora afirmar o desejo de "agir da maneira que, em minha opinião, constituirá minha felicidade". Posso dizer que ofensas só podem ser perdoadas caso elas não "mortifiquem o nosso próprio orgulho". E acredito que cada linha lida sobre sentimentos é como uma epifania, que nos faz "a partir daquele momento, nunca mais nos reconhecermos".

Citações: AUSTEN, Jane. Pride and Prejudice.


1 comment:

Letícia said...

Hello Teacher,

Finally I'm here. Preciso de tempo para ler tudo e mergulhar em seu universo particular e tão intenso. Admiro quem escreve como você. De alma limpa e aberta.

Vi que você tem muitos posts e decidi ler este. Porque também me deparei com certas questões ao ler Orgulho e Preconceito. Amor, orgulho e a necessidade que sentimos de não voltar atrás em nossas decisões. Na época em que tive a honra de ser aluna da professora Genilda, ela trabalhou outro texto da Jane Austen. Northanger Abbey. Não menos importante que todas as outras obras da Jane. Ela sempre nos envolve em questões sociais e sentimentais e, mesmo sendo romances vitorianos, as questões são atemporais.

Casamento e admiração devem, em minha opinão, andar de mãos dadas. Não há como um relacionamento ser bem sucessido se não houver admiração. No entanto, outras coisas são necessárias também. Não vou citar aqui por causa da "censura". =)

Mas, em relacionamentos, admirar o outro é fundamental. O amor vem da admiração e, assim, o sentimento seguirá firme, mesmo que sofra turbulências.

E nessa questão de amar todos que admiramos, acho complicado. Amor é único. Digo do amor romântico. Eu amo as pessoas que admiro, no entanto, não me casaria com todas elas porque o algo mais é certo. A gente sente quando ele acontece.

E o que é amor? Pra mim, amor é aguentar as falhas, perdoar, querer mais, querer menos em certos dias e, acima de tudo, estar perto. Mesmo longe. Amor é um sentimento que nos consome de forma branda e nos deixa livres também.

Adorei seu blog, seus questionamentos e estarei por aqui.

Take care.

And smile... =)