Eu ainda lembro daquele menino de cueca brincando no chão da sala. Um saco de brinquedos embrulhados em sonhos. Havia lugar para todo tipo de brincadeira. O dia corria suave através daquelas brincadeiras perfeitas.
Era um menino que não precisava de outros para brincar, para se sentir feliz. Tardes inteiras, pedaços de noites e fins de semana eram preenchidos por peças e mais peças de brinquedos espalhados pelo chão... Fora o tapete! "Mãe, ela colocou o tapete de novo!", e Mãe dizia: "Tire, meu filho, e vá brincar!". E o menino tirava suas fardas de estudante dedicado e rendia-se à bagunça que só ele entendia.
Mesmo quando o fim da tarde chegava, a hora do banho, a brincadeira não acabava. Era transferida do beco, cenário para todas as brincadeiras reais e também para as roteirizadas, para o banheiro, onde seu gosto pelo canto se fazia presente. Ele sempre cantou muito!!! Da porta para dentro era tudo canção. Da porta para fora: "Menino, desligue esse chuveiro!".
Foi entre uma brincadeira e outra; entre uma canção e outra, que o menino cresceu. Abandonou o hábito de ficar de cueca pela casa. Foi descobrindo o corpo que resolveu se cobrir. Não brinca mais (será mesmo?) nem tem muito tempo para cantar no chuveiro. Alguns dos sonhos que embrulhavam brinquedos se perderam pelo caminho dos anos e nem mesmo ele sabe onde encontrá-los de novo. O tempo passou. Sempre passa! O menino se fez homem e a vida segue em seu ritmo de correnteza.
Era um menino que não precisava de outros para brincar, para se sentir feliz. Tardes inteiras, pedaços de noites e fins de semana eram preenchidos por peças e mais peças de brinquedos espalhados pelo chão... Fora o tapete! "Mãe, ela colocou o tapete de novo!", e Mãe dizia: "Tire, meu filho, e vá brincar!". E o menino tirava suas fardas de estudante dedicado e rendia-se à bagunça que só ele entendia.
Mesmo quando o fim da tarde chegava, a hora do banho, a brincadeira não acabava. Era transferida do beco, cenário para todas as brincadeiras reais e também para as roteirizadas, para o banheiro, onde seu gosto pelo canto se fazia presente. Ele sempre cantou muito!!! Da porta para dentro era tudo canção. Da porta para fora: "Menino, desligue esse chuveiro!".
Foi entre uma brincadeira e outra; entre uma canção e outra, que o menino cresceu. Abandonou o hábito de ficar de cueca pela casa. Foi descobrindo o corpo que resolveu se cobrir. Não brinca mais (será mesmo?) nem tem muito tempo para cantar no chuveiro. Alguns dos sonhos que embrulhavam brinquedos se perderam pelo caminho dos anos e nem mesmo ele sabe onde encontrá-los de novo. O tempo passou. Sempre passa! O menino se fez homem e a vida segue em seu ritmo de correnteza.
1 comment:
O menino se torna um literato, e descobre em Machado que o "menino é o pai do Homem". Não no sentido do enredo, mas no sentido existencial mesmo. Parabéns!! Se voce então brincava sozinho e cantava para as águas, quem sabe descobrirá outros jogos e canções que exigem a parceria. É a vida quem pode dizer isto. Mas é certo que ela lhe quer feliz, garoto de cuecas!!
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