Thursday, July 08, 2010

The matter of being Camumba

Dedicado a Maria Helena, por sua riqueza vocabular

Jantar no supermercado, abrir a mala do carro pra mostrar a potência do som recém-instalado, criar galinhas no quintal de casa em pleno centro urbano, entre outras atitudes semelhantes são definidas como camumbembagem.
O termo pode parecer estranho, mas se você imaginar a situação em que alguém, por não ter dinheiro para jantar, se aproveita dos salgadinhos postos para degustação no balcão da padaria do supermercado para matar a fome, você verá que o termo é verdadeiramente cabível. O problema não é a falta de dinheiro, não entendam como comentário burguês, mas o que torna a situação típica de um camumba é o fato de tal indivíduo fazer esse "jantar" e ainda oferecer (de boca cheia) a seu acompanhante, que diga-se de passagem é alguém que ele mal conhece. A situação, no mínimo inusitada, é motivo suficiente para fazer do "jantar" o último encontro dos dois.
Quanto ao som do carro, tudo ainda se torna pior se a musica for aquele forrozão insuportável e com uma letra literariamente "rica". Tudo que vem à cabeça é a imagem de um cantor com uma calça super justa se balançando e fazendo esforço para parecer que sabe cantar. E o barulho que causa dor aos ouvidos é apenas um detalhe na classificação de um exemplo de camumbembagem.
Mas o galinheiro no quintal da vizinha também é chocante. O barulho dos galos agrava a situação de seus donos camumbembes quando eles cantas às 2 da manhã, contrariando a ideia de que os galos cantam às 4 horas. O péssimo cheiro que você sente quando vai ao seu quintal também faz você detestar seus vizinhos camumbas.
Depois disso, difícil é conseguir dizer qual situação é a mais clássica de um camumba.

No comments: