Wednesday, November 26, 2008

Um brinde de frases soltas a um corpo vazio

Uma alma sem corpo... Um corpo sem alma...


Pratos de comida que denunciam a gula. Barras e barras de chocolate e litros de coca-cola. Indícios diversos de uma ausência, de um vazio que busca incansavelmente ser preenchido.
Um telefone que não aguenta mais esperar para tocar, uma caixa de mensagens quase vazia (vazia, se não fosse as mensagens da operadora!!!). Músicas tocando... Against all odds, The blower's daughter e por aí vai... Um sono que não é apenas um descanso, mas também a fuga de uma realidade que não parece colorida. Um capítulo da história que teima em ser escrito em preto e branco. Mas se ao menos houvesse Charles Chaplin...
Um coração que espera e precisa, uma mente que sonha e um corpo que arde de tanto sentir frio. Se fosse num circo, o palhaço estaria sem picadeiro e o trapezista não teria mais seu trapézio. E não haveria equilibrista!
É como um vento frio num dia de brisa ou como muito calor num dia de verão. É a neve que insiste em cair num inverno frio. Mas se ao menos o setting fosse Nova York...
Gritos abafados, lágrimas presas, abraços soltos, beijos desencontrados. O in sem o out. Como sentimentos causam tanto estrago? Como pode não haver cor num filme tão criativo?
Um jardim sem flores ou simplesmente um sujeito separado por vírgula de seu predicado.
Ou talvez, letras desejando uma bela frase que lhes traga a segurança que somente algumas palavras podem dar.

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