Thursday, October 12, 2006

Conversa com o espelho em uma noite desesperada

Não sei se foram os poucos pingos de chuva que caíram hoje que trouxeram isto. Ou melhor, sei que não foram eles. Já estava assim antes de eles caírem. Mesmo antes de avistar o céu nublado, eu já brincava na gangorra da vida. E se, de verdade, a vida é uma gangorra, quem sou eu diante dela?
Sou apenas mais um na multidão. Eu sei! Sou um jovem homem que por muitas vezes se perde, que por muitas vezes esquece de pôr o pé no freio na hora de fazer uma curva. Sou um jovem homem que algumas (poucas) pessoas chamam de “Coração”! Sou um jovem homem, estudante de Letras. Professor ou ascendente a?
Por falar em professor, será que meus alunos particulares gostam de mim? Espero que gostem. Eu me esforço, mas... Bem, ainda falando sobre professores, eu sou um jovem homem que é aluno de quatro excelentes professores na Universidade Federal da Paraíba. Ah, também tenho uma professora maravilhosa que alegra as minhas manhãs de sábado.
Falei a palavra sábado? Falei. Eu queria saber o que eu vou fazer no próximo sábado, mas, infelizmente, a gangorra da vida não permite tal cogitação.
E por falar em cogitação, vou continuar cogitando quem sou eu. Sou eu um jovem homem apaixonado? Sou eu apaixonante? Sou sensual? Provocante? Gostoso?
Não precisa responder. De que me importa a respostas dessas perguntas se a vida nunca me permite ficar no topo da gangorra?

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